A indecisão começa quando, não sabemos realmente o que vale mais a pena: comprar os bilhetes separados ou um passe... e essa decisão depende diretamente de quantos trajetos se pretende fazer e quão longos eles são, pois se a intenção é se deslocar pouco, o passe ficará muito dispendioso, mas se a viagem abranger vários lugares, é bom começar a pensar na possibilidade de comprar um passe. Vale a pena ressaltar que a compra do passe só pode ser feita por aqui, não há como comprar na Europa, então é uma decisão que deve ser tomada antes da viagem.
Decidido que é realmente vantajoso a compra do passe, outro dilema se coloca: Qual deles? Aí é que tudo se complica...
A primeira coisa a se considerar na escolha do passe: a viagem vai ser feita por uma ou mais pessoa? Um único passageiro, com certeza saíra mais caro que se forem mais... 2 ou mais viajantes tem direito a uma redução de 15% do valor do passe... ÓTIMO!!! Boas notícias... e a má? É que obrigatoriamente eles tem que estar sempre juntos... então, nada de brigar com seu companheiro de viagem, nem se rebelar e querer ficar mais tempo em algum lugar e querer encontrar com ele mais adiante... a segunda é quantos países se pretende visitar... quanto mais países em menos dias, mais barato, só que mais cansativo...
Viajaremos em 3, então, por uma questão de economia, o mais lógico é comprar o passe que nos dará direito a esse desconto... 15% é muito... ainda mais que estamos falando de euros... o montante economizado dá uma boa farra, noites em albergues e/ou refeições extras... Já acertado que faremos TUDO juntas... que não há europeu que nos separe... então partimos para a compra...
No ato da compra, outra coisa a se considerar: a viagem vai ser corrida, ou vai acontecer ‘breaks’ ? se for corrida o passe pode ser normal, que é mais barato... se não, a opção é comprar o flex, pois permite uma maior maleabilidade nos trajetos, possibilitando que se passe mais dias em um mesmo lugar sem que com isso se perca os mesmos dias de validade do passe. Alem disso, tem-se que se decidir a respeito da classe que se quer viajar. A primeira classe te permite viajar com mais conforto em poltronas mais largas, muito parecidas com as dos ônibus leitos, a segunda seria como viajar nas poltronas do ônibus executivo... a diferença do conforto se reflete nos valores... então é algo a se pensar... se pretende fazer a maior parte das viagens a noite e dormir no trem para economizar tempo, então seria melhor considerar o conforto, pois uma boa noite de sono te deixa com mais energia para enfrentar o outro dia, considere que o valor agregado pode ser justamente os valores de uma noite em uma pousada...
A nossa tedência é por decidir comprar trechos corridos, mas em dois passes separados. O primeiro passe é o Benelux-Germany de 5 dias em 1 mês, pois passaremos uma semana na Holanda e de lá, passado o primeiro dia que nos dedicaremos integralmente aos nossos amigos que lá vivem, poderemos ir até a Bélgica, pois queremos conhecer Brugges. Nos primeiros dias queremos ficar um pouco em Amsterdam, nos outros dias, além de Brigges queremos transitar pelas cidades mais interessantes da Holanda, e no fim iremos atravessar a Alemanha rumo a Suíça.
O segundo passe é justamente o Swiss Pass. É um passe de valor mais elevado, mas que tem uma grande vantagem: todos os transportes públicos (geridos pelo governo) estão incluídos nele, inclusive os urbanos, isto não acontece com nenhum outro... e quem já esteve lá sabe o quanto transitar nas cidades pode sair caro... Esse é um passe que vale a pena para quem quer como nós, realmente, conhecer a Suíça... como as cidades são muito próximas umas das outras, dá para sair, por exemplo, de Zurich pela manhã, passear em Luzerna, continuar até Interlaken, subir um dos teleféricos (com 50% de desconto) e seguir para curtir a noite em Berna... e no outro dia escolher um novo roteiro e recomeçar... e assim passear conhecendo todo o País. Como passaremos 8 dias por lá, escolhemos o passe de 8 dias em 8 dias...Decidir tudo democraticamente não é fácil, pois estudamos umas 10 possibilidades até a chegar a um consenso final... chegado a um denominador comum entre benefício/custo, agora é hora de efetivar a compra... e é nesse estágio que nos encontramos hoje... e a próxima dúvida é: comprar em uma agência ou tentar enfrentar um site? Bom, por uma questão de comodidade e segurança, pois por mais que me digam que é seguro, eu odeio digitar os números do meu cartão de crédito em um site de internet, prefiro comprar na agência... pode ser irracional, mas ainda prefiro, na hora de fechar qualquer negócio, o ‘face to face’.
Assim... a jornada é longa, mas um dia termina...
Enfim resolvemos. Acho que foi o momento mais chato deste projeto.
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